Hoje fui à praia... No autocarro seguiam dois "senhores" mais novos do que eu. Um deles gabava-se do "grande feito" de sua mãe nunca ter aturado os netos, filhos da sua nora... e ali afiançava que iria fazer o mesmo! "Afinal ela não me é nada", dizia!
Ninguém diga que de esta água não beberá, pois, em conversa com a avó dos meus netos, verificámos que o ditado se encontra bem documentado na "nossa história". Também anotámos algumas excepções... de avós "excepcionais".
Mas que vêm estas reflexões ao caso? Vêm e muito!
Porque no próximo dia 26 de Julho, é dia dos avós... Dos meus três netos, portanto, e repito três e não um + dois, ou talvez!
Eu só tive uma avó... a mãe do meu pai que perdeu o seu ainda novo! A minha mãe não teve mãe a partir dos três anos e perdeu o pai alguns anos depois... Na segunda década do século vinte, a "pneumómica" fez os seus estragos... Já mo lembrou a minha mãe e agora lembro-o eu.
Portanto, só conheci a avó "Inécia". E dela só registo uma imagem: sentada à soleira da porta nos fins da tarde quando o sol já se escondia por detrás do Outeiro e o borburinho da aldeia ainda andava pelas hortas da Fosseirinha, da Forga da Boa e do Gamual. A minha avó era toda a povoação e eu com ela. Teria os meus três anos? Quatro... não mais. E vivia aquela serenidade naquele rosto onde o tempo cinzelou marcas de eternidade!
Vejam bem... o seu queixo não é o meu?
Quando o meu Francisco, o meu João e o meu Artur me virem daqui a alguns anos sentado na varanda da Maljoga, que vejam em mim a serenidade e a paz que eu ainda vejo na avó Inécia...
Que a minha nora e a minha filha, o meu genro e o meu filho respirem o mesmo ar que eu e a Vida será mais fácil para todos!
A avó dos meus netos está aqui ao lado a dizer que sim!
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